Guimarães em palavras Magno

Abro esse espaço para pessoas com um interesse em um ponto de vista desconhecido, sobre diversos assuntos. Aqui será o meu canto ou refúgio para idéias, reflexões e poemas. Sejam todos bem vindos. Magno.

domingo, 13 de março de 2011

Que batuque é esse?













Olhando de longe a multidão, me pergunto que esporte é esse que reúne muita paixão?
O calor e tudo o que não queremos pensar estão juntos com o samba no pé e com o pé no chão.
São canções que mesmo não conhecidas, esquecidas nunca serão.

Que batuque bom faz esse som.
Abrir sorrisos em meio à solidão de rostos pintados, não pintados, embriagados, senhoras e senhores em seus cantos reservados, que observam o batuque passar.

Que batuque bom é esse?
Um som do bom moço endividado até o pescoço, mas que ainda sabe dançar e sorrir diante do alvoroço que é ser feliz em um dia infeliz.

Que som é esse?
Um batuque que desce a ladeira das ruas de Madureira.
São Geraldo de braço aberto para o batuque da manhã e ir embora é algo incerto.
Domingo Lopes, animado vizinho festeiro prometeu deixar quem vier, assim meio boquiaberto.

Que batuque bom é esse?
Ouvi dizer que é o carnaval, a festa anual tão aguardada do povo que pouco tem de comer e o que importa é sobreviver.
Aqui prevalece a malandragem, que pede passagem ao estrangeiro Manuel.
O padeiro que sonha em ser um dia um grande bicheiro.
 
Que som é esse?
Um batuque de regras que a verdadeira face não exponha.
O que sonha a sem-vergonha prostituta?
Ela não disputa na passarela o belo barraco pra alugar na favela.
Então do que ter vergonha se a vida é bela?
Se a vida é bonita, é bonita e é bonita.

Mas será que todos já viram essa novela?
Você escuta esse mesmo som que ela?
Ou será que tem uma vista da praia em sua janela?
Mas ontem não se viu o samba dela, pois já não tinha dinheiro para ter o que por dentro da panela.
O mundo gira e talvez eu não esteja falando da sua vida, mas tenha cautela.
Afinal de contas, estamos no Brasil caramba.
Aqui não vivemos na corda bamba.
Porque no fim da história tudo vira?
Isso mesmo.
SAMBA.


Autor: Magno Guimarães de Souza.

4 comentários:

  1. Ao Guimarães

    Esse Tal de Magno em seus versos Guimarães
    São formas belas de solitudes feitas de aquarelas!
    Como os grandes refrões que marcam as vidas de festeiros foliões,
    Que como eu, beijam as Rosas sem pétalas deixadas pelos caminhos
    Onde percorremos sozinhos e não sabemos como voltar!

    Porém fazendo as histórias marcarem as memórias
    Daqueles que lêem seus versos controversos e inversos,
    Mas puros vividos de realismo abraçado a imaginação!

    Assim as Poesias, as Canções, as Cenas e Improvisos,
    São mosaicos de sonetos, que acolhem a alma e revelam a doçura
    Dos sentimentos sufocantes e arrebatadores que revelam o Guimarães coração!

    Julio Maciel

    --Grande abraço meu irmão!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Perfeito meu irmão.
    Adorei a homenagem e o poema.
    Posso dizer que tenho um verdadeiro e perfeito amigo, que mostrou um outro tipo de amizade.
    Um outro tipo de amizade porque é verdadeira.
    Não depende de nada a não ser da sinceridade e aprendizagem.

    Obrigado Julião.

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  4. Meu filho amado, eu um dia achei que tinha aprendido muitas coisas e achado que já sabia de tudo, e a unica coisa que realmente fiquei conhecendo, que para ser mestre é preciso voltar a ser aprendiz.
    Beijos de seu pai Carnal que sempre te amou

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