Guimarães em palavras Magno

Abro esse espaço para pessoas com um interesse em um ponto de vista desconhecido, sobre diversos assuntos. Aqui será o meu canto ou refúgio para idéias, reflexões e poemas. Sejam todos bem vindos. Magno.

sábado, 5 de março de 2011

Despedida.











Gostaria de descrever essa noite, 
para aqueles que os ouvidos curiosos desejam ser saciados.
Aqueles em que a carne cortada pela lâmina afiada já estão conformados.

Após uma manhã de calmaria, 
se fez tardia aquele tipo de moradia.
As poças pelo chão das esquinas, 
exalaram um aroma que acordou a face enrugada da melancolia.
Um dia diferente de qualquer outro dia.

Não me surpreenderia ouvir os passos constantes e despercebidos da magia.
Teimosia minha querer seguir e coordenar o ritmo em compasso da sinfonia.
O vento frio bailando e esbarrando na estrutura firme da romaria.

Tentavam me desviar dos atos marcados que tinham a minha autoria.
Passos sem vontade, porém sem termino e sem companhia.
Ao fundo daquele cenário, árvores em prontidão e com um ar de vigia.
Não havia sintonia na estrada longa e esburacada da tristeza na alegria.

Anatomia de um homem determinado a fracassar a deixar a orgia.
São peças e categorias de um cotidiano feito de correria.
Um quadro imoral da vida particular, 
que tocar ninguém se atrevia.
Não se percebe a sutileza que se afina a demagogia.
Um olhar negro que assedia e arrepia.
Nos afastamos do que é real e original e a todo estante a vida se copia.

Que voz cantaria a coragem de libertar esse mundo sem biografia?
E a verdade que se contraria?
Mas ninguém se importa com o caminho certo que se desconfia.
Essa é uma carta com o título de despedida.



Autor: Magno Guimarães de Souza

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