Guimarães em palavras Magno

Abro esse espaço para pessoas com um interesse em um ponto de vista desconhecido, sobre diversos assuntos. Aqui será o meu canto ou refúgio para idéias, reflexões e poemas. Sejam todos bem vindos. Magno.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Não a felicidade x Sim a realidade.










Irei expor uma de minhas loucuras que embora tenha observado outras ideias, esta ainda faz sentido para mim. Não acredito na felicidade, ou melhor, no que criamos, inventamos ou entendemos como felicidade. Um conjunto de eventos bons ou prazerosos que nos mantem um estado de bem estar que pode nos fazer felizes. Então devem estar se perguntando como tive coragem de expor um absurdo como esse aqui. Mas explicarei a causa e se possível faze-los ver a beleza naquilo que julgo ser belo, que não necessária precisa ser. Quando acreditamos nesse molde de felicidade, que se resume em alcançar ou conquistar esses inúmeros eventos que julgamos que nos façam bem ou que possam nos trazer uma sensação de bem estar, fechamos as portas das possibilidades que a meu ver nos faz sairmos da realidade.  Realidade esta que embora acreditemos ou não ela estará lá. A realidade juntamente com as possibilidades é infinita, mas a que me refiro é que realmente coisas boas nos fazem ter a sensação ou até mesmo acreditamos que nos faça bem e coisas ruins também nos trás a sensação ou até mesmo acreditamos que nos faça mal. E vou um pouco mais além. Coisas positivas na maior parte das vezes atraem coisas positivas, assim como coisas negativas na maioria das vezes atraem coisas negativas. Só que a beleza na qual me refiro é de reconhecer a realidade e ter a humildade e coragem de enfrenta-la de frente, e essa beleza já me comprovou que coisas boas podem gerar coisas ruins e o inverso ser faz verdade, coisas ruins podem resultar em outras maravilhosas. Penso que isso sim é não fechar as portas da realidade e possibilidades. Assim você terá maneiras de encarar e encontrar meios para descobrir algumas verdades ou até mesmo uma sensação mais duradora daquilo que julgamos nos fazer bem ou a sensação de bem estar. Que vejo que é o que muitos procuram ou sonham conquistar. Como assim? Ao reconhecer isto você pode ser uma pessoa que, independentemente do evento que ocorra diante de você, tem a decisão e escolha de responder a essa ação que se passa neste momento. Porém quando abraçamos o conceito de felicidade abdicamos, nesse aspecto, de nosso livre-arbítrio e nos resumimos em um resultado que responde a um conceito engessado de estar bem quando as coisas vão bem e estarmos mal quando as coisas estão más. Não vejo escolhas neste conceito. E mesmo que pensem que podem abraçar esse conceito e mudar esse resultado, não podem. “Ah eu acredito na felicidade mas não quer dizer que eu não consiga ficar bem depois de um evento ruim”. Sim, mas é exatamente quando você larga o conceito engessado de felicidade que você consegue mudar a direção da ação que você está passando e com isso podendo agir como a famosa frase “dando a volta por cima”. E o inverso também se faz verdade. As coisas podem estar indo como almejamos de forma satisfatória e não nos sentimos bem e conscientemente ou inconscientemente mudamos seu rumo. Mas só quando nos desprendemos ao conceito. E essa forma de pensar, a meu ver, faz com que mais portas estejam abertas. Não quer dizer que só reconheceremos e teremos coisas boas com coisas ruins ou que teremos apenas coisas ruins nas coisas boas. É exatamente a abertura de novas possibilidades. Sem regras. Não tem que ser. Coisas podem acontecer ou não acontecer. Esse é o desprendimento.
   Não acredito na felicidade como o mundo me apresenta. Se houver outro conceito de felicidade, certamente refletirei a respeito. Acredito que coisas boas e coisas ruins podem acontecer e vão acontecer. Cabe a mim escolher como agir diante delas. A escolha é minha. Posso escolher uma boa forma de agir ou uma melhor forma, ou posso escolher uma péssima forma ou forma negativa. Mas acho que não devo deixar um conceito responder por mim, afinal de contas é a nossa vida que estamos falando.

Autor: Magno Guimarães

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