Guimarães em palavras Magno

Abro esse espaço para pessoas com um interesse em um ponto de vista desconhecido, sobre diversos assuntos. Aqui será o meu canto ou refúgio para idéias, reflexões e poemas. Sejam todos bem vindos. Magno.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Parte de mim.












Parte de mim se alegra ao estar do seu lado.
E a outra ao seu lado é por demais encantado.
Minha alegria dá um sorriso acanhado.
Mas que culpa ela tem, se é reflexo de um coração acelerado?

Parte de mim se afogou em toda sua existência.
E a outra é um aventureiro descobridor da sua essência.
Grito clemência a esse peito que já passou por muitas experiências.
Espero minha salvação.
Enquanto não chega vou lutando por minha sobrevivência.

Parte de mim sonha a realidade do seu amor.
E a outra realiza a imaginação do sonhador.
É que ver sua partida é entregar minha alma ao pecador.
Distante de chegar o fim do dia sofredor.

Não sei qual das minhas partes se parte.
Pois queria ter o dom da arte da vida que copia a arte.

Parte de mim sabe.
E a outra não cabe.

De mim nenhuma parte perfeita.
E a outra aceita todas as minhas partes imperfeitas.
Se endireita e ajeita.
Suspeita que seja possível ser refeita.
Só não sei qual das partes.


Autor: Magno Guimarães

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tempo de seus olhos.











Diante do tempo
nenhuma certeza permanece intacta.
Mas esta noite diante de seus olhos as estrelas se sentem grata.
Pois hoje foram trocadas as lágrimas por gotas de alegria abstrata.

O tempo diante de minha saudade
me faz prisioneiro desejoso de seu calor amoroso.
Ansioso por reencontrar a perdida busca ao seu ombro caloroso.
Sem fôlego, porém arrepiado pelos segundos finais do encontro de seu beijo carinhoso.

Diante do tempo
me transformo em um louco sonhador de causas impossíveis.
Sensíveis à realidade que me aprisiona em vários tipos de níveis.
Sendo você a chave de minha liberdade aos céus inatingíveis.

O tempo diante do medo
revela segredos.
Medo de aceitar meu coração entre seus dedos.
Medo de não ser seus dedos a segurar meus segredos.

Diante de seus olhos
me sinto acordar.

Diante de seus olhos
sinto meu coração acelerar.

Diante de seus olhos
sinto que posso desabafar.

Diante de seus olhos
sinto a escuridão acabar.

Só o tempo de seus olhos pode me derrotar ou me triunfar.


Autor: Magno Guimarães

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Não a felicidade x Sim a realidade.










Irei expor uma de minhas loucuras que embora tenha observado outras ideias, esta ainda faz sentido para mim. Não acredito na felicidade, ou melhor, no que criamos, inventamos ou entendemos como felicidade. Um conjunto de eventos bons ou prazerosos que nos mantem um estado de bem estar que pode nos fazer felizes. Então devem estar se perguntando como tive coragem de expor um absurdo como esse aqui. Mas explicarei a causa e se possível faze-los ver a beleza naquilo que julgo ser belo, que não necessária precisa ser. Quando acreditamos nesse molde de felicidade, que se resume em alcançar ou conquistar esses inúmeros eventos que julgamos que nos façam bem ou que possam nos trazer uma sensação de bem estar, fechamos as portas das possibilidades que a meu ver nos faz sairmos da realidade.  Realidade esta que embora acreditemos ou não ela estará lá. A realidade juntamente com as possibilidades é infinita, mas a que me refiro é que realmente coisas boas nos fazem ter a sensação ou até mesmo acreditamos que nos faça bem e coisas ruins também nos trás a sensação ou até mesmo acreditamos que nos faça mal. E vou um pouco mais além. Coisas positivas na maior parte das vezes atraem coisas positivas, assim como coisas negativas na maioria das vezes atraem coisas negativas. Só que a beleza na qual me refiro é de reconhecer a realidade e ter a humildade e coragem de enfrenta-la de frente, e essa beleza já me comprovou que coisas boas podem gerar coisas ruins e o inverso ser faz verdade, coisas ruins podem resultar em outras maravilhosas. Penso que isso sim é não fechar as portas da realidade e possibilidades. Assim você terá maneiras de encarar e encontrar meios para descobrir algumas verdades ou até mesmo uma sensação mais duradora daquilo que julgamos nos fazer bem ou a sensação de bem estar. Que vejo que é o que muitos procuram ou sonham conquistar. Como assim? Ao reconhecer isto você pode ser uma pessoa que, independentemente do evento que ocorra diante de você, tem a decisão e escolha de responder a essa ação que se passa neste momento. Porém quando abraçamos o conceito de felicidade abdicamos, nesse aspecto, de nosso livre-arbítrio e nos resumimos em um resultado que responde a um conceito engessado de estar bem quando as coisas vão bem e estarmos mal quando as coisas estão más. Não vejo escolhas neste conceito. E mesmo que pensem que podem abraçar esse conceito e mudar esse resultado, não podem. “Ah eu acredito na felicidade mas não quer dizer que eu não consiga ficar bem depois de um evento ruim”. Sim, mas é exatamente quando você larga o conceito engessado de felicidade que você consegue mudar a direção da ação que você está passando e com isso podendo agir como a famosa frase “dando a volta por cima”. E o inverso também se faz verdade. As coisas podem estar indo como almejamos de forma satisfatória e não nos sentimos bem e conscientemente ou inconscientemente mudamos seu rumo. Mas só quando nos desprendemos ao conceito. E essa forma de pensar, a meu ver, faz com que mais portas estejam abertas. Não quer dizer que só reconheceremos e teremos coisas boas com coisas ruins ou que teremos apenas coisas ruins nas coisas boas. É exatamente a abertura de novas possibilidades. Sem regras. Não tem que ser. Coisas podem acontecer ou não acontecer. Esse é o desprendimento.
   Não acredito na felicidade como o mundo me apresenta. Se houver outro conceito de felicidade, certamente refletirei a respeito. Acredito que coisas boas e coisas ruins podem acontecer e vão acontecer. Cabe a mim escolher como agir diante delas. A escolha é minha. Posso escolher uma boa forma de agir ou uma melhor forma, ou posso escolher uma péssima forma ou forma negativa. Mas acho que não devo deixar um conceito responder por mim, afinal de contas é a nossa vida que estamos falando.

Autor: Magno Guimarães