Dois olhos perfeitos que nunca se viram.
O tempo tratou de personalizar o traço perfeito de duas vidas.
E cada detalhe é o que ambos admiram.
E sem nenhum motivo foi encontrada a batida.
Como um ser humano pode se tornar tão perfeito?
Então uma sensação bate mais forte no peito.
É um tipo de acontecimento que não pode ser desfeito.
Veio como um furacão e passou por cima sem poder ser desfeito.
E ela apenas foi ela mesma.
Seu jeito de a gata.
A voz como um miar doce, bela e exata.
Um medo vem como uma dor que não mata.
Mas por dentro petrifica de forma mediata.
Ainda que pareça mentira ou covardia é o que se relata.
Cada palavra de seu texto gigante de si diplomata.
Rebata a minha fraqueza e fazendo-me a igual mentira cascata.
Pois de tudo só a sinceridade me abraça ao dormir de forma sensata.
Não que aqui esteja um apelo por tudo que fiz.
Ou que possa fazer.
Mas são palavras ditas de frente aos meus próprios olhos.
Diante do espelho a lágrima minha transparece o surreal.
Mentiras minhas nunca ditas a você.
Afinal a sinceridade nos foi fardo do início final.
De tudo podes fazer.
Até dizer.
Porém nunca que não foi real.
Pois de mim você teve toda a verdade confidencial.
Apenas um homem sem pernas e atitudes para seguir adiante do além espiritual.
Talvez tenha sido esse o motivo de estar lendo sobre fraternidade hermética e espiritualismo.
A verdade é que tenho medo do abismo.
E a minha forma de mostrar todas as minhas fraquezas e me expor por total.
É o meu maior medo.
Pois assim iria me entregar por completo.
É o meu maior medo.
Ver que da minha vida você seria o arquiteto.
É o meu maior medo.
Que com a tempestade por vir, você seria meu teto.
É o meu maior medo.
Que só você pode fazer meu sonho concreto.
É o meu maior medo.
Ver que sem você não sou completo.
É o meu maior medo.
É o meu.
É o seu.
É o de todos nós.
É o de todos nós.
Autor: Magno Guimarães.
« Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras.
ResponderExcluirEla me perfumava e me iluminava...
Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis.
São tão contraditórias as flores!
Mas eu era jovem demais para saber amar ».
Antoine de Saint - Exupéry