Guimarães em palavras Magno

Abro esse espaço para pessoas com um interesse em um ponto de vista desconhecido, sobre diversos assuntos. Aqui será o meu canto ou refúgio para idéias, reflexões e poemas. Sejam todos bem vindos. Magno.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fantoche.














Inocentemente nossos corações nos entregam.

Inicia-se um incêndio crescente nos peitos dos que habitam sua canção.

Contrária a sua imaginação, os sonhos sorridentes conduzidos pelos balões e a realidade à observar pelo chão.

Fantoches alegres e tristes emoções transitórias de cenas que as multidões observam no palco de encenações.

Ás vezes perdemos o enredo das construções de nossa vã filosofia e abrimos mão das nossas controversas afirmações.

Acorrentados com as certezas que nos fazem saudações à ignorância de não se abrir às novas visões.
Que perdão daríamos sem antes sofrermos as dores negações de nossos princípios ideais, que nos montam robôs da nova geração?

Destemidos leões sonolentos e alimentados pelas crianças cheias de empolgações no zoológico da cidade que acabara de iniciar sua inauguração.

Palavras ditas ao vento furacão de idéias mistas, que nem sempre se quer ajuda a uma erupção de um vulcão de boas intenções perdidas na mente de qualquer um que tenha a ciência que as crianças são a nossa salvação.


Autor: Magno Guimarães de Souza

sábado, 3 de setembro de 2011

Diário de um suicida.


 










Quando os olhos transbordam de lágrimas os sentidos afloram de um precipício desconhecido.

Despercebidos os sonhos esfolados com tantos desencantos e desgostos criam um sorriso triste e o próprio sonho desaparece.

Que pacto foi esse que determinou que viveríamos em meio a tanta dor e sofrimento e ainda sim teríamos que ser felizes com tudo isso?

Que piada engraçada a da felicidade.
Quanto mais procuramos e a desejamos a felicidade mais a tristeza permanece ao nosso lado.

Não importa quem sejamos ou o que falemos.
Ninguém se importa, pois seus problemas os impedem de ajudar alguém.

O que posso sentir sem um coração se lá dentro o que existe é um vão?

O paraíso é um conto tão bonito de ser contado.
Que tem dias que até finjo acreditar só para ter uns dias melhores.

Aquela força terminal está mais pra fraqueza assim como minhas mãos estão para as suas.

Ainda lembro quando podia enxergar nas minhas mãos a sua mão.

Ainda lembro quando podia lhe chamar de PAI.
Ainda lembro quando podia lhe chamar de DEUS.

Pensei ter sido chamado de filho
mas deve ter sido coisa da minha cabeça.
O órfão que vê que qualquer homem pode ser seu pai.

Atropelado pelo querer que o mundo lhe quer.
Rastejando sobre fracassos e sucessos não saciados.

Já percebeu que o barulho da minha corrente ao chão
é igual ao barulho da sua corrente, ou não?

Como posso ser tão louco a ponto de me passar como normal?
Como posso ser tão louco e ao mesmo tempo tão igual?

O destino é tão esquecido
que ás vezes esqueço que o destino é sem rumo.

E aos que fazem seu próprio rumo talvez destino nenhum lhe ofereçam sarcasmo.

Fazemos nossas escolhas e por ironia
nunca escolhemos nosso caminho.

Perturbado pelas angústias dos anos correntes, a gota da vida parece ter secado.
E nada mais em mim é amado.
Nada mais.

E como após um ponto final segue a folha em branco.
Talvez essa seja minha vida assim que eu termine todas essas palavras.


Autor: Magno Guimarães de Souza